segunda-feira, 31 de maio de 2010

Estava eu em um momento muito metafísico e por um breve insight consegui escrever a fórmula a seguir....

R = C.c.P / A

onde:

R = Realidade psicológica
C = Crenças
c = Índice de certeza das crenças(varia de 0 a 1,0)
P = Percepção dos sentidos
A = Acaso ou desordem

Caso achem alguma outra variável que interfira na equação, não hesitem em me escrever!!

sábado, 1 de agosto de 2009

Estive esses dias a pensar:

As vezes as pessoas se apegam com muita rigidez a conceitos fechados. Deus é isso, 1 + 1 = 2, você não é bonito(a), etc...

Penso que esses conceitos desprezam o lado energético do ser humano, sua fisiologia ou qualquer coisa que descreva de forma mais próxima esse estado do "perceber", "sentir". Acredite, 1+1=2 pode não fazer o mesmo sentido para mim ou outra pessoa.

Vivemos constantemente em uma instabilidade energética no cosmo, ocasionada pela desordem. Na minha opinião, essa desordem, assim como a ordem, é indivisível. A espiritualidade do homem e todos os seus conceitos e reproduções mentais não existem de forma absoluta como dizia Platão, mas é uma experiência única de cada pessoa de momento a momento.

O perceber, o sentir, o captar é que dão o valor das coisas. A emoção humana não é alheia a razão. Apesar de ser possível a nossa consciência poder viver separada e vigiando os nossos sentimentos(ex: monges budistas), o que de fato capta o pensamento, é um impulso do corpo e este impulso é "aconceitual", irracional, imcompreensível, caótico, ou qualquer outra palavra que não possuo agora para transmitir o meu pensamento neste sentido.

O que pode acontecer, é aproximarmos pensamentos semelhantes através da linguagem. A linguagem, como convenção humana - portanto imperfeita - tenta "atemporalizar" os conceitos, tornando-os soltos no tempo-espaço. É como se a frase "eu sou feliz" fosse concebida com o mesmo sentido não só pelo seu locutor em um dado momento, mas como qualquer outra pessoa que a possa proferi-la em ocasiões distintas. A palavra não informa qualidade(feliz, mas como?), apenas quantidade.

O que me abriu para este novo mundo foi Nietzsche e o seu estudo sobre as virtudes. No momento, Eckhart Tolle(com o livro O poder do agora) está me passando um outro paradigma de mundo impressionante, pautado apenas no "sentir", no "perceber", em que o uso da linguagem se torna desnecessário e por último, a logosofia está me dando o auto-conhecimento que eu tanto precisava para entender o que se passa dentro de mim.

Por isso, gosto muito de um pensamento obtido em um passado não muito distante mas que ainda faz muito sentido para mim: "O dia-a-dia é poesia".

Se encontrar é uma poesia. O momento é único, o que o faz falar coisas na hora que devem ser faladas para mim é uma arte. O lado negativo disto está sendo o meu desapego com a gramática................................................... e eu não tenho o menor interesse em respeitá-la rsrsrsrs

Acho que precisava escrever isso, mesmo sem a pretensão de quem alguém leia.


Sim e para finalizar; um pensamento que cresce a cada dia em minhas conexões neuronais:

O dinheiro, assim como a alegria, são os dois maiores indicadores que as pessoas tem por sucesso de vida.


Mas na minha opinião, é a tranquilidade o que faz alguém se aproximar da perfeição.

Pois vejam bem: pessoas podem já nascerem ricas, podem ter alegrias(ocasionadas pelo dinheiro ou outro fator)....

....
............................

mas ninguém nasce tranquilo. É só observar o que primeiro acontece no nascimento de uma nova vida: O choro.


ps: Só quero me desculpar pela falta de coerência no texto. São idéias soltas, sem comprometimento com a ordem gramatical ou lógica de um texto convencional, mas houve uma disposição em defender e validar a arte que pude externar de mim. Agora são 11:06:33 de uma calma manhã de sábado e estou me sentindo muito bem psicologicamente.

domingo, 31 de maio de 2009

O átomo rebelde

Certa vez um átomo não concordou com o pensamento demasiadamente racional dos outros. Pensava ele que essa vidinha de causa e efeito era muito chata para ser respeitada. Acordar e dormir obedecendo as leis da natureza não tinha a menor graça. A raiva foi tanta que decidiu tomar outro rumo de vida, o mundo de idéias onde nem sempre a razão o guiava. Então, decidiu que não poderia viver o que os outros queriam, mas como nem tudo é flores, a sua mudança repercutiu em uma insatisfação geral. O choque foi iminente, e então houve o primeiro desentendimento do universo. A briga foi tamanha que uma explosão enorme se espalhou por todos os lugares e ninguém entendia mais como as coisas iriam ser daqui para frente. A ordem queria continuar, mas o átomo rebelde fez com que as coisas nunca fossem mais as mesmas. No conflito permamente do bate daqui, rebate dali, nasceu uma coisinha que de tão simples causava medo: A vida.

A vida era tão caótica, que mais parecia com o átomo rebelde do que com a lógica ordenada da natureza. E a vida começou a se desenvolver causando mais descendentes desordenados sobre o mundo. Existiam seres que tinham asas, outros que só nadavam. Uns até sabiam viver entre a água e a terra.

Mas eis que uns se desenvolveram tanto, que começaram a ver que nem só de caos vivia o mundo, e a razão começou como uma sementinha simples, sempre querendo se afirmar sobre a irracionalidade. De tanto insistir, nasce o homem: o único bicho da terra que reunia em si mesmo o caos e a ordem.

O homem pensava que poderia ser mais frio e calculista, mas sempre era acometido de erros infantis. Geralmente, paixões doentias que o fazia dar gritos internos em sua própria consciência.

O átomo desorganizou o mundo, o mundo desorganizou o homem e o homem a quem buscava um motivo para se ordenar, vive até hoje na desorganização de sua própria mente. Êta átomos rebeldes!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Hemorragia mental

Dor de cabeça seria apenas mais um sintoma
Mas a revelação me possue
É pois, caótico o interior do meu semblante simples
O método que não aplico
A regra sem exceção

A alegria é mais fácil por ter apenas um sorriso
Como seria bela a poesia se eu a lançasse ao mundo
Mas trancafiada no meu couro cabeludo ela viverá

Seu óvulo é desconhecido
sua mãe é algum livro velho que devo ter lido por aí
bibliograficamente questionável

A idéia nasceu fermentada pela inquietude
O estouro da bomba fonética é iminente
Mas resolvo não proferi-la

A poesia é construída mesmo assim
Com valor semântico nulo
E continuo a propagar a futilidade
Da reação instável causada pela teimosia de escrever

Conjunto de palavras que a intenção foi recusada
Prolixidade intencional
Kilos de palavras irão para o lixo
ou para a mente de quem se atreva a dar atenção

Linguagem da intenção, será pois, a minha melhor linguagem
Dentro de mim sobrevive a riqueza da liberdade
Fora de mim, a rouquidão das palavras.